FIGURA PATERNA: A IMPORTÂNCIA PARA A FORMAÇÃO EMOCIONAL
- Rita Galindo

- 5 de ago.
- 2 min de leitura
"Quando se fala da figura paterna, as marcas costumam ser silenciosas. Só mais tarde, com alguma distância ou amadurecimento, é possível identificar seus efeitos com mais clareza".

Nem sempre é fácil perceber de imediato, mas o modo como as figuras cuidadoras se fizeram presentes — ou não — durante a infância tem um impacto profundo na forma de ser no mundo. E quando se fala da figura paterna, essas marcas costumam ser silenciosas. Só mais tarde, com alguma distância ou amadurecimento, é possível identificar seus efeitos com mais clareza.
A presença de um pai, ou de alguém que exerceu esse papel, vai além de prover sustento ou de repreender quando algo sai do esperado. A função paterna tem um papel simbólico importante: representa um apoio firme, um olhar que encoraja, alguém que ajuda a se lançar no mundo sem se sentir completamente perdido.
Quando existe essa presença afetiva, há uma sensação de segurança e proteção. Surge a ideia de que é possível errar e tentar de novo. Os limites, nesse contexto, não são apenas barreiras, mas sinalizações de cuidado. Um pai emocionalmente disponível oferece acolhimento diante da dor, ao mesmo tempo em que ajuda a encontrar um chão firme para seguir em frente.
Mas a realidade nem sempre segue esse roteiro. Há ausências que não são físicas, mas emocionais. Há também histórias marcadas por distanciamento, agressividade ou por um excesso de expectativas que impedem a liberdade de ser. Em muitos casos, o pai sequer esteve presente. Tudo isso deixa efeitos, não como uma sentença, mas como algo que pede escuta.
Essas ausências ou presenças falhas, podem se manifestar de diversas formas: insegurança nas relações, dificuldade de confiar, medo de assumir responsabilidades, necessidade constante de validação, como se houvesse, internamente, uma cobrança para provar o próprio valor o tempo todo.
Olhar para essas feridas é um passo importante. Não para apagar o que foi vivido, mas para dar novo sentido. Crescer com esse princípio também é acolher a própria história — com suas luzes e sombras — e reconhecer que há espaço para ressignificar.
Quando o lugar do pai — ou de quem desempenhou essa função — deixou lacunas, é possível cuidar disso. Às vezes, o cuidado começa assim: reconhecendo o incômodo, dando nome ao que foi sentido, criando espaço para o que ficou guardado por tanto tempo.
A figura paterna pode deixar marcas profundas, mas isso não impede a possibilidade de construir novos caminhos. Caminhos mais conscientes, mais livres, mais fiéis ao que se é hoje.
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