FAÇA BONITO: PROTEJA NOSSAS CRIANÇAS E ADOLESCENTES
- Rita Galindo
- 30 de mai. de 2022
- 3 min de leitura
Atualizado: 2 de ago. de 2022
A violência sexual contra jovens é vista como tabu, o qual faz vítimas todos os dias e deixa sequelas profundas para toda a vida.

Aqui no Brasil, maio é o mês de conscientização contra o abuso sexual infantil. Celebrado no dia 18, o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes reforça a luta e engajamento de toda a sociedade brasileira para combater este mal que afeta tantos jovens, mas ainda permanece como tabu.
Por causa do confinamento em casa devido à pandemia, o risco de abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes cresceu (RIBEIRO, 2021). Embora as denúncias também tenham aumentado, ocorrem tardiamente, pois, antes, eram as escolas que percebiam as mudanças de comportamento dos jovens e denunciavam para os conselhos tutelares. Com o confinamento, vizinhos ou familiares se dão conta tardiamente (LAUDARES, 2021).
É bom sempre lembrar que, geralmente, os abusadores estão muito próximos da criança ou adolescente, dentro de casa, e a grande maioria das vítimas são meninas.
ORIGEM DA DATA
Em 1973, no dia 18 de maio, uma garotinha de 8 anos foi sequestrada, estuprada e assassinada, tendo sido encontrado seu corpo seis dias depois. No ano de 2000, após mobilização pela defesa dos direitos de crianças e adolescentes, foi aprovada a Lei Federal 9.970/2000, que instituiu o dia 18 de maio como o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes.
É importante ter em mente que violência sexual é todo abuso e exploração do corpo e da sexualidade que envolve crianças e adolescentes. Os jovens não têm maturidade física e, muito menos, psicológica. Portanto, estas atividades sexuais são impróprias para sua idade e desenvolvimento. Assim,
Abuso sexual é o estupro de vulnerável – ou seja, ato libidinoso ou relação carnal –, principalmente com menores de 14 anos, e exploração sexual é a prostituição infantil.
CONSEQUÊNCIAS PSICOLÓGICAS
As consequências do trauma do abuso e/ou exploração sexual pode variar de um caso para o outro, pois depende da idade e do psicológico da vítima, quem era o abusador, a duração do abuso e a forma como foi “resolvido”. Assim, as consequências podem aparecer em dois momentos:
A curto prazo
Regressão de idade;
Baixo rendimento escolar;
Isolamento ou comportamentos antissociais;
Exibicionismo e masturbação compulsiva;
Baixa autoestima e rejeição do corpo, sentindo-se sujo;
Ansiedade;
Depressão.
A longo prazo
Dificuldade para dormir, sono agitado e pesadelos constantes;
Baixa autoestima e culpa excessiva;
Dificuldade para expressar sentimentos e criar vínculos afetivos;
Vícios;
Transtornos psicossomáticos;
Problemas sexuais;
Ansiedade;
Depressão;
Tentativas de suicídio.
É imprescindível o acompanhamento psicológico o quanto antes. Além disso, proteção, acolhimento e segurança são essenciais para a recuperação física e emocional da criança ou adolescente. O papel da família e da escola nesse momento é extremamente importante; o papel da sociedade: denunciar.
A violência sexual contra jovens é vista como tabu, o qual faz vítimas todos os dias e deixa sequelas profundas para toda a vida. Logo, falar sobre e denunciar o abuso e a exploração infantil são extremamente necessários.
A denúncia é anônima e pode ser realizada pelos telefones Disque 100 e Ligue 180.
Esquecer é permitir. Lembrar é combater. Denuncie e proteja nossas crianças e adolescentes.
REFERÊNCIAS
LAUDARES, R. Com pandemia, denúncias de abuso sexual contra crianças e adolescentes crescem, mas são feitas de forma tardia. 2021. Disponível em: <https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/noticia/2021/05/18/com-pandemia-denuncias-de-abuso-sexual-contra-criancas-e-adolescentes-crescem-mas-sao-feitas-de-forma-tardia.ghtml>. Acesso em: mai. 2022.
RIBEIRO, B. Pandemia aumenta risco de abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes. 2021. Disponível em: <https://emais.estadao.com.br/blogs/bruna-ribeiro/pandemia-aumenta-risco-de-abuso-e-exploracao-sexual-de-criancas-e-adolescentes/>. Acesso em: mai. 2022.
E aí, gostou da matéria? Achou interessante? Curta o artigo, acompanhe nas redes sociais e compartilhe para seus amigos, familiares ou pessoas que possam se agradar também.
Vamos, juntos, compartilhar e divulgar saúde mental!
Comentários