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CRISE EXISTENCIAL: QUAL O SENTIDO DA VIDA?

  • Foto do escritor: Rita Galindo
    Rita Galindo
  • 11 de dez. de 2024
  • 2 min de leitura
"Quando não se pode mudar uma situação, o desafio é mudar a si mesmo."

Pintura de um homem num bote, no meio de um lago, com um balde nas mãos pegando água.

Sabe aquele momento em que tudo parece não ter muito sentido e você se encontra em profundas reflexões?



“Quem sou eu?”


“Por que eu existo?”


“Qual o sentido da minha vida?”


“Qual o meu propósito?”



Pois é, pode ser que você esteja passando por uma crise existencial, buscando sentido e propósito para sua vida.


Embora a palavra ‘crise’ possa remeter a algo ruim, a crise existencial é, na verdade, uma busca interior por respostas, um olhar para si, uma fase que possibilita a autorreflexão.


Assuntos como finitude, identidade e sentido da vida são alguns dos responsáveis pelas crises existenciais, que, embora sejam diferentes de uma pessoa para outra, trazem questionamentos que podem gerar angústia, vazio e falta de propósito.


É justamente sobre esses assuntos que o psiquiatra austríaco, Viktor Frankl, apresenta suas ideias sobre a busca de sentido da vida.



Quem foi Viktor Frankl?


Viktor Frankl viveu entre 1905 e 1997, tendo sido um psiquiatra austríaco e sobrevivente do Holocausto. Em seu livro, Em Busca de Sentido, ele narra suas experiências em campos de concentração, como Auschwitz, entre 1942 e 1945, explorando como encontrou significado em meio à extrema adversidade.


Frankl descreve a perda de liberdade, dignidade e esperança dos prisioneiros, mas também destaca que as pessoas que conseguiam dar sentido ao sofrimento tinham maior chance de sobreviver.


Sua ideia não é negar o sofrimento, tão pouco romantizar e aceitá-lo passivamente. A proposta de Frankl é de aprender algo com o sofrimento e as adversidades, e usar isso para se fortalecer no enfrentamento de circunstâncias adversas.


Sendo assim, ele percebeu que, mesmo em condições desumanas, as escolhas individuais eram fundamentais:


“Tudo pode ser tirado de um homem, exceto a última das liberdades humanas: escolher sua atitude em qualquer circunstância.”  – Viktor Frankl


A busca por sentido


Para simplificar, a ideia postulada por Frankl é de que todo ser humano é movido pela busca de significado em sua vida, podendo ser encontrado em diversas situações, inclusive no sofrimento. Portanto, mesmo em situações de dor extrema, é possível escolher como responder.


As formas para se encontrar o sentido da vida é através:


  • Da criação de algo no qual o sentido da própria existência se faz a partir da utilidade para a vida do outro. Ou seja, por meio do trabalho, doando algo pessoal, atuando em serviços voluntários, etc.;

  • Da experiência nos relacionamentos, nas conexões sociais e na sensação de pertencimento, como família, amigos e grupos de gostos em comum;

  • Da aceitação e transformação do sofrimento em aprendizado, acolhendo a dor e absorvendo algo dela, possibilitando, assim, o fortalecimento para crescer e evoluir.



Neste sentido, quando não se pode mudar uma situação, o desafio é mudar a si próprio, pois, mesmo nos momentos mais sombrios, é possível encontrar propósito. É isso que Frankl enfatiza: não se deve esperar pelo futuro, mas, sim, agir no agora.


“A pergunta não é ‘qual é o sentido da vida?’, mas ‘o que a vida espera de mim?’” – Viktor Frankl

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